Imprensa de Belém é proibida pela Polícia Militar do Pará de cobrir manifestação de indígenas na sede da Seduc
Belém, 14 de janeiro de 2024 – Indígenas e professores do Sistema Modular de Ensino – SOME e do Sistema Modular de Ensino Indígena – SOMEI, ambos da Secretaria de Estado de Educação do Pará (Seduc), depois de uma assembleia na tarde e noite de segunda-feira, 13, fazem desde as 6 horas desta terça-feira, 14, uma manifestação de protesto, com ocupação da sede da Seduc, na avenida Augusto Montenegro, em Belém. A Polícia Militar do Pará (PM) está no local e a situação segue tensa.
Mas os profissionais da imprensa de Belém estão sendo impedidos de adentrar as instalações da Seduc-PA, mesmo sendo a pedido das lideranças indígenas, para fazer a cobertura do que está acontecendo.
Veja a NOTA DE REPÚDIO do Sindicato dos Jornalistas do Pará:
“Trabalhadoras e trabalhadores da imprensa estão sendo impedidos pela Polícia Militar do Pará de acessar as dependências da Secretaria de Estado de Educação – Seduc, para cobrir a ocupação do local na manhã desta terça-feira, 14, pelo movimento indígena, em protesto contra os ataques do governo Helder Barbalho à educação indígena e ao Sistema Modular de Ensino – SOME.
A cobertura da imprensa foi uma reivindicação do próprio movimento indígena, que acionou as equipes de reportagem, a fim de resguardá-lo e mostrar que o patrimônio da Seduc está sendo preservado. Denúncias de lideranças indígenas dão conta de que a energia elétrica do local foi cortada e que spray de pimenta teria sido utilizado nas dependências da Seduc.
O Sindicato de Jornalistas do Pará – Sinjor-PA foi acionado por jornalistas barrados pela PM no portão de entrada da Seduc, o que é lamentável em pleno século XXI, considerando que a liberdade de imprensa e o livre exercício do jornalismo são elementos basilares da democracia.
Iremos cobrar da Secretaria de Comunicação do Estado – Secom, da Secretaria de Segurança (Segup-PA) e da Casa Civil as devidas explicações, a fim de assegurar o trabalho jornalístico e o direito à comunicação livre por parte da sociedade paraense”.
Veja o vídeo: