‘Árvores artificiais’ da Nova Doca, além de aberrações, promoveram a demissão, até agora, de dois jornalistas da Secom-PA

Essa “árvore” já até foi derrubada, mas ela continua a derrubar jornalistas que nem ficaram sob a sombra dela – foto Agência Pará
Belém, 8 de abril de 2024 – Eu já usei esse paralelo certa vez aqui no site: sabem aquele desenho da Família Adams em que uma nuvem, carregada de chuva, raios e trovões, estacionava sobre a casa da família e ficava por lá? Para eles era muito bom, mas para outros mortais sempre será um temor. E é assim que a sede da Secretaria de Estado de Comunicação do Pará – Secom-PA/ Agência Pará, lá pelos lados do Marco, está desde a semana passada.
Aliás, sejamos justos, a Secom-PA está mal das pernas há bastante tempo e eu sempre falo sobre isso aqui. Tudo por conta de uma comunicação que tem pavor de botar “a cara na janela”, de falar com a imprensa, que nunca responde às demandas dos veículos, de se comunicar decentemente e que prefere falar sobre assuntos importantíssimos da gestão governamental por meio de “influencers”.
Demissões – E sobrou para o lado mais fraco com o vendaval das “árvores artificiais” que continua rendendo. Depois que o Governo do Pará foi alvo de críticas de todos os lados em nível nacional – todos os telejornais e jornais impressos do Brasil falaram muito mal – por conta das árvores da Nova Doca, a Secom encontrou os “culpados”, porque Hedisssss, ensandecido, quer respostas das secretárias Verinha e da adjunta dela, Alinne Passos.
O primeiro a ser demitido foi o jornalista Ingo Müller, que escreveu a reportagem em que citou as tais árvores. Alguém deve ter citado esse termo ao repórter e ele não iria inventar esse termo. Depois que o termo “árvores artificiais” viralizou, no dia 25 de março, mudaram as tais árvores e o termo que, agora, são “jardins suspensos”.
Com saída de Ingo, quem perde – e muito – é a Secom. Ingo era da equipe de jornalistas da COP30, um dos poucos na Secom que fala inglês. É, é desse jeito. Era tão da equipe da COP30 que tem até uma árvore com o nome dele no Parque da Cidade, honraria dada a poucos e eleitos. Vai vendo o que uma pobre árvore é capaz de fazer…

E o que fez a Secom? Me chama uma “influencer” só para dizer que a “antiga” árvore – que tinha plantas naturais e plantas artificiais de plásticos – era um “protótipo” e que a que “estava valendo” era o tal “jardim suspenso”. A data? Dia 30 de março. Não funcionou e as fotos em nível nacional continuaram sendo as do “protótipo”, com plantas naturais e falsas. O Pará se tornou chacota em nível nacional!!!
Não contente e sem explicar que diabos é um “jardim suspenso” e pegando pauladas de todos os lados, incluindo aí as críticas severas de André Trigueiro, um dos jornalistas que mais entende de sustentabilidade no Brasil, a Secom faz o quê? Chama outra “influencer”. Desta feita, uma desconhecida, mais “povão”, que também não explicou nada, porque o que está sendo feito na Nova Doca é indefensável.
Luciano Cuns – Resultado: na segunda-feira, 7, o demitido foi Luciano Cuns, agora, ex-coordenador de jornalismo da Secom. E nada das verdadeiras responsáveis serem chamadas “na chincha”, porque o caso da Secom é caso de implodir tudo e começar novamente do zero, porque nunca se viu tantas, mas tantas sandices de uma vez só.

O que rola à boca miúda é que Heldisss não demite Verinha, né, porque, né, gente? Anos e anos de “parceria”, desde que Heldisss era vereador. Mas esse vendaval pode levar Alinne Passos, e que por isso, ela já teria livrado a cara de Cuns, grande amigo dela, padrinho de um dos filhos da colega.
Cometam, inclusive, que Cuns já estaria com passagem paga no Pedreira-Lomas e desceria na praça D. Pedro II para assumir uma cadeira no Palácio Antônio Lemos, na Secom da Prefeitura de Belém, ex-Comus. Aguardemos!