Simples pauta provoca crise entre jornalistas e influencer nada bella de atitudes, muito menos pra Jesus
Justamente no mês da diversidade, a migs resolve criar celeuma com jornalistas em Belém do Pará
Na quinta-feira, 8, em pleno feriado, uma certa polêmica veio à tona novamente em Belém: os limites que “separam” o jornalismo e os “influencers”.
NOTA DA REDAÇÃO: Segundo informações recebidas pelo site, a moça em questão já teria pedido desculpas às jornalistas. Mas a postagem fica aqui porque, por mais que tenhamos a fama de sermos desunidos, eu jamais deixaria um colega de Jornalismo passar por uma situação complicada como essa que descrevo abaixo, sem me posicionar. Que sirva como exemplo para todos nós e para o(a)s influencers e o(a)s “defensores” deles/ delas. Este é um site que fala sobre JORNALISMO desde 2009 e vai continuar sendo assim. Sem militância, muito menos corporativismo.
Videocast – Vou contar a fofoca inteira para não matar ninguém de ansiedade. As jornalistas Ana Carolina Matos e Bruna Carneiro Lima criaram em 2020 um videocast chamado “Chá de Canela”, que tem boas entrevistas sobre assuntos relevantes – e polêmicos – e que foi retomado mais recentemente.
Siga aqui: https://www.instagram.com/chadecanelapodcast/ “Os assuntos tabus da tua roda de amigas” é o slogan do programa.
A treta – Aproveitando o mês de junho, que tantas pautas sugerem, Bruna e Ana Carolina pensaram em uma pauta de entrevista que envolvesse o Dia dos Namorados, dia 12, e o mês inteiro de junho dedicado à valorização da diversidade, com 28 de junho sendo o Dia do Orgulho LGBTQIA+ (eu sei que tem mais letras, mas ainda não as domino…), e convidaram a cabelereira, maquiadora, modelo, apresentadora e mulher trans Isabella Pamplona, codinome Bella pra Jesus (vai no Instagram, porque não sou obrigada a colocar link aqui), para uma entrevista no videocast.
A pauta estava superclara, explicando tudo e perguntando sobre a possibilidade de Isabella participar da entrevista junto com o namorado dela – Dia dos Namorados, né, mores?
Para surpresa das meninas, Isabella não disse nem que sim, muito menos que não. Ela fez “melhor”: deu print na mensagem, com a pauta, e publicou nos stories do perfil dela no Instagram, com legenda no tipo “e eu tô loka?”.
A ainda disse “Não conheço!”.
Que maravilha! A história viralizou no “meio jornalístico”, nos grupos de WhatsApp e Isabella fez o que todos ‘sem noção’ fazem: apagou a postagem dela.
Era diva – Vamos aos fatos. Eu já tinha ouvido falar dessa moça. Sempre com altos elogios sobre ela ser “diva”. Para mim, era essa a informação. Fui ao perfil dela, jurando que ela tinha milhares de seguidores, mas ela tem menos de 6 mil. E aí? Seria um caso de subcelebridade paraora que se acha?
O ruim disso tudo é nos perguntar por que essa moça fez essa presepada? Não quer dar entrevista? Era só dizer que não! Existem outras fontes (ela não deve entender esse “dialeto”) e as meninas iriam conseguir outra, com certeza. Por que ela tinha que fazer graça? Queria engajamento? Ou como falam os paraenses “queria SE aparecer?”
Guerra – E mais grave: com essa atitude de Isabella, o que ela conseguiu é que os “pares” dela já começaram atacar, nas redes sociais, os jornalistas que se posicionaram e se solidarizaram com as meninas. Quer dizer: surgiu uma “guerra” sem a menor necessidade!
Um desses defensores, inclusive, já escreveu no Twitter que a “reação” de Isabella” seria apenas uma resposta “quando [SE] resolve reagir aos abusos que pessoas cis cometem”. Oiieeee!!!. Migs, ERA apenas uma pauta. Uma pauta! Te preserva!!!
E estamos assim. Aguardando os desdobramentos. Com as “yags” ensandecidas detonando os jornalistas e os jornalistas só no “cá te espero”. Mas que inferno!!!
Relembre aqui – Isso me lembra do ano de 2018, quando eu tive “problemas” com “influencers”, somente porque reclamei que uma delas quase me jogou ao chão em uma pauta na inauguração de uma rede de cinema em Ananindeua. A bonita veio andando de costas, fazendo stories e me atropelou. Ela e o “arrumador de imagem dela”.
Reclamei que elas – as “blogueirinhas” – deveriam ter mais cuidado. E se fosse uma pessoa mais velha, uma criança? E teve uma blogueira, que nem estava nessa pauta, que me detonou porque eu estava tentando “tirar o mercado delas”. Ora me poupe.
Ouçam e vejam – O Chá de Canela surgiu em 2020, em formato de podcast, com a proposta de discutir assuntos tabus como em uma grande roda de amigas. Agora em 2023, Ana Carolina e Bruna ampliaram o projeto para o audiovisual, trazendo mais possibilidades para quem as acompanha desde a primeira temporada.