No aniversário de Belém, shopping Castanheira homenageia o jornalismo impresso no Pará
Em homenagem aos 406 anos da capital paraense, a exposição “Belém Viva Belém” destaca as “Memórias do Nosso Jornalismo Impresso” ao longo de 200 anos. Com curadoria da professora de História da Arte, Rosa Arraes, a exposição está aberta no 2º e 3º pisos do Castanheira Shopping, com programação paralela envolvendo mesas de debates. A entrada é gratuita.
Segundo piso – A primeira parte da exposição, localizada no lounge do 2º piso, mostra a primeira edição de 20 dos mais duradouros jornais impressos de Belém, a começar pelo “O Paraense”, de 1822, o primeiro jornal impresso no Pará. “A partir dele, proliferaram jornais de diferentes órgãos, escolas, religiões, sociedades secretas. Alguns com periodicidade regular, outros circularam em apenas um número, em homenagem a uma pessoa ou a alguma data histórica”, conta Rosa Arraes.
A exposição elenca notícias que foram de grande importância ao longo destes 200 anos, nas áreas de educação, ciência, política, arte, meio ambiente, cidade, sociedade, economia etc. Nos levantamentos de mais de dezenas de histórias do jornalismo em Belém, ficou constatado que o jornal impresso possui um grande valor cultural, simbólico e documental. E para dar conta desta relevância histórica, foi necessário recorrer aos arquivos, principalmente, de centenas de periódicos que permitem compreender e narrar um pouco de cada jornal que será apresentado na exposição.
Referências – Duas das maiores referências estão sendo homenageadas na mostra. O jornalista e empresário Romulo Maiorana, que faria 100 anos em 2022, foi um dos mais importantes empreendedores da comunicação. Com ele, em 1º de maio de 1972, a cidade conheceu a beleza da impressão do jornal em offset, no jornal O Liberal.
Outro homenageado é Paulo Maranhão que completaria 150 anos. Viveu até os 94 anos escrevendo para o jornal Folha do Norte. Foi considerado o jornalista mais antigo do mundo em atuação. Humberto de Campos descreveu a paixão dele pelo jornal com a seguinte frase “Folha do Norte, por ela vivia, por ela morria”.
Na segunda parte da mostra, no 3º piso, é contada a história de três jornais que são referência para o jornalismo impresso e para o estudo da Belém guardada na memória: “O Paraense”, “A Província do Pará” e “Folha do Norte”. Todos encerraram suas atividades, mas continuam vivos nos arquivos das instituições da cidade.
Humor – O humor também conta a história do jornalismo impresso de Belém. Na virada do século passado, multiplicaram-se os jornais humorísticos literários, que defendiam principalmente o divertimento e o riso com seus desenhos e charges. Com humor, levavam as críticas ao mais alto teor irônico.
A exposição apresenta a biografia de seis chargistas, assim como algumas das célebres charges que divertiram e cumpriram o papel de fazer os leitores entenderem de forma primordial os importantes contextos da cidade. Estão presentes na mostra os seguintes chargistas: Manuel do Amaral (séc. XIX); Theodoro Braga e Nicephoro Moreira (virada do séc. XIX para o XX); Angelus (década de 30); Andrelino Cotta (década de 50) e Biratan Porto (séc XXI), que faleceu recentemente.
Programação paralela – Para conhecer melhor sobre esses momentos do jornalismo impresso nos séculos XIX e XX, o Castanheira Shopping, em parceria com a Universidade Federal do Pará (UFPA) e o Instituto Histórico e Geográfico do Pará (IHGP), oferecerá ao público uma rodada de debates com historiadores e jornalistas que, com suas experiências e conhecimento, abordarão a importância que os impressos tiveram na construção da democracia e dos direitos à cidadania em nossa Belém. O acesso é livre.
Serviço: A exposição “Belém Viva Belém – Memórias do Nosso Jornalismo Impresso” fica aberta para visitação até 31 de janeiro, no 2º e 3º pisos do Castanheira Shopping (BR-316, km 1, s/n). De segunda-feira a sábado, das 10h às 22h, e aos domingos, das 14h às 22h. Entrada franca.