Produtora Mídia Center, de Belém, é acusada de exploração e assédio contra profissionais da comunicação
Belém, 8 de novembro de 2024 – Tem um perfil no Instagram muito engraçado, cujo mote dele é sempre assim: “Ei, eu tava aqui pensando…”, e eu estava – e ando pensando muito – para o que este site/ blog serve. Sério! Em um mês em Belém, recebi muito carinho de gente querida e também de coleguinhas nem tão próximos assim que me falaram coisas como: “Esse teu site é necessário, porque ele, às vezes, consegue resolver coisas que nem o Sindicato consegue”. Confesso que até me assustei, porque, morando longe de Belém, eu perco um pouco a dimensão do que ocorre por aqui.
Mais uma vez quero deixar bem claro que: não sou contra ninguém; não tenho essa de “vingancinha”; não estou aqui para “derrubar” ninguém, mas se tem uma coisa que eu me solidarizo com coleguinhas é com condições de trabalho ruins que “patrões”, chefias imediatas e coleguinhas “do mal” podem infligir a quem precisa de emprego e aceita condições de trabalho ruins. Isso eu não perdoo e sempre me posicionarei contra esse tipo de assédio.
Dito isso, o site recebeu, mais uma vez, uma série de denúncias contra a Mídia Center, produtora em Belém, de propriedade do empresário Kleber Barros, e que está em todas as grande coberturas de eventos em Belém, com trabalhos, quase em sua totalidade, dedicados às ações e eventos do Governo do Estado.
Evidentemente, a produtora emprega muita gente, mas as condições de trabalho por lá não parecem ser as melhores, e esta é a segunda denúncia que o site recebe falando das condições de trabalho dentro da produtora.
Segue a denúncia:
“Nos bastidores de uma das maiores empresas de comunicação do país, com sede em Belém, a Mídia Center, administrada pelo empresário Kleber Barros, o cenário que se desenha é alarmante e preocupante. O sucesso de audiência e crescimento da empresa esconde uma realidade amarga para aqueles que atuam nos bastidores. As denúncias de falta de respeito com os profissionais, atrasos salariais e diárias, excesso de demanda, ausência de folgas, e assédio moral por parte de membros da chefia estão se acumulando, gerando revolta e desânimo.
Entre os relatos mais graves está a exposição humilhante de um funcionário da produtora que sofreu um acidente de trabalho e fraturou o pé. Em vez de receber apoio e cuidado, o profissional foi alvo de piadas e difamação. Segundo relatos internos, ele foi tratado publicamente como “preguiçoso”, mesmo tendo se acidentado durante atividades relacionadas ao trabalho. Esse episódio levanta uma questão urgente sobre o descaso com a saúde física e emocional dos colaboradores.
Profissionais revelam que o ambiente se tornou insustentável sob a gestão do coordenador Daniel Pamplona [Nota da Redação 1: mais uma vez, esse rapaz é citado em denúncia recebida pelo site], acusado de exercer pressão excessiva e praticar assédio moral. Segundo os trabalhadores, Pamplona utiliza de estratégias intimidadoras e desumanas para alcançar metas, e qualquer questionamento ou tentativa de diálogo é reprimida com rigor, gerando um clima de medo e insegurança.
Para muitos, essas atitudes configuram uma política de gestão marcada pelo autoritarismo e pelo desrespeito aos direitos trabalhistas.
Além disso, os atrasos salariais e de pagamento de diárias tornaram-se constantes, prejudicando os profissionais que dependem desses recursos para seu sustento e estabilidade financeira. ‘Muitos estão trabalhando sem folga, se dedicando ao extremo, e ainda assim, têm que lidar com a incerteza sobre quando receberão seus salários e benefícios’, desabafou um funcionário, que preferiu não se identificar.
Diante de tamanha precariedade, a Mídia Center se mantém em silêncio, ignorando os apelos dos trabalhadores e reforçando uma cultura de exploração que, a cada dia, afeta mais a saúde física e mental dos envolvidos. O descaso e o autoritarismo na empresa acendem um alerta para os órgãos de fiscalização e exigem uma resposta urgente.
A situação na Mídia Center é um reflexo de um problema crônico em muitas empresas de comunicação: a busca incessante por resultados, a qualquer custo, sem considerar o impacto que isso causa na vida dos profissionais. Em tempos de valorização dos direitos humanos e trabalhistas, é inadmissível que empresas, com tanto alcance e influência, ainda perpetuem práticas que vão na contramão do respeito e da dignidade do trabalhador.
É preciso que as autoridades e sindicatos atuem com firmeza, cobrando uma postura ética e humanizada por parte da Mídia Center e seus dirigentes”.
Nota da Redação 2: O site entrou em contato com a Mídia Center, pediu um posicionamento sobre as denúncias, e assim que obter as repostas, elas serão publicadas.