No Dia de Independência do Brasil, conheça 10 filmes históricos que mostram tramas grandiosas

Para o mês de setembro, quando temos uma data histórica importante como o Sete de Setembro, dia da Proclamação da Independência do Brasil, o grupo de cinéfilos Cineclube Paraense escolheu como tema “filmes históricos”, uma vertente do cinema que já rendeu alguns dos maiores clássicos da Sétima Arte. Foram citados 76 filmes de diferentes anos, em 14 listas individuais dos membros do grupo.

Lista final – O resultado final ficou assim: no primeiro lugar está “1917” (de Sam Mendes), com 65 pontos; o segundo posto é de “A Lista de Schindler” (de Steven Spielberg), com 59 pontos; em terceiro, “O Último Imperador” (de Bernardo Bertolucci), com 45 pontos; em quarto ficou “Ben Hur” (de William Wyler), com 39 pontos; em quinto, “A Queda” (de Oliver Hirschbiegel), com 33 pontos; na sexta posição, “Dunkirk” (de Christopher Nolan), com 32 pontos; em sétimo, “12 Anos de Escravidão” (de Steven McQueen), com 31 pontos; em oitavo, “Lawrence da Arábia” (de David Lean), com 28 pontos; em nono, “Gandhi” (de Richard Attenborough), com 27 pontos; e em décimo, “Apocalipse Now” (de Francis Ford Coppola), com 22 pontos.

O filme “1917” é do final do no passado e mostra uma história que o diretor Sam Mendes ouviu do avô dele. A ação se passa na Primeira Guerra Mundial, em 1917, quando os jovens soldados britânicos, Schofield (George MacKay) e Blake (Dean-Charles Chapman), são encarregados de uma missão aparentemente impossível: eles precisam atravessar território inimigo, lutando contra o tempo, para entregar uma mensagem que pode salvar cerca de 1.600 colegas de batalhão. O filme foi concebido para parecer ter uma única tomada, no tempo real da ação, e para isso, o diretor Sam Mendes e o diretor de fotografia Roger Deakins conceberam a trama em falsos planos-sequência, que são o grande diferencial da história. O filme foi indicado a 10 Oscar e ganhou três, todos técnicos, como o de Melhor Fotografia, para Roger Deakins.

“A Lista de Schindler” é do ano de 1993, e mostra a história – real – de Oskar Schindler (Liam Neeson), um sujeito oportunista, que se relacionava muito bem com o regime nazista, era membro do próprio Partido Nazista, o que não o impediu de ser preso algumas vezes, mas sempre o libertavam rapidamente, em razão dos seus contatos. No entanto, apesar dos seus defeitos, ele amava o ser humano e assim fez o impossível, a ponto de perder a sua fortuna, para conseguir salvar mais de mil judeus dos campos de concentração, durante a Segunda Guerra Mundial. O filme ganhou os Oscar de Melhor Filme e de Melhor Direção, entre outros prêmios, em 1994.

“O Último Imperador” é de 1987 e é ganhador de 10 Oscar, incluindo o de Melhor Filme. A história mostra a saga de Pu Yi (John Lone), o último imperador da China, que foi declarado imperador com apenas três anos e viveu enclausurado na Cidade Proibida até ser deposto pelo governo revolucionário, enfrentando então o mundo pela primeira vez aos 24 anos. Nesse período se torna um playboy, mas logo teria um papel político quando se tornou um pseudo-imperador da Manchúria, quando esta foi invadida pelo Japão. Aprisionado pelos soviéticos, foi devolvido à China como prisioneiro político em 1950.

“Ben Hur” é de 1959, e mostra que em Jerusalém, no início do século I, vive Judah Ben-Hur (Charlton Heston), um rico mercador judeu. Com o retorno de Messala (Stephen Boyd), um amigo da juventude, agora, chefe das legiões romanas na cidade, um desentendimento entre os dois, faz com que Messala condene Ben-Hur a viver como escravo em uma galera romana. O destino vai dar a Ben-Hur uma oportunidade de vingança que ninguém poderia imaginar. “Ben Hur” ganhou 11 Oscar, incluindo, Melhor Filme.  

“A Queda” é de 2004. Traudl Junge (Alexandra Maria Lara) trabalhava como secretária de Adolf Hitler (Bruno Ganz) durante a Segunda Guerra Mundial. Ela narra os últimos dias do líder alemão, que estava confinado em um quarto de segurança máxima. O filme foi indicado a Melhor Filme Estrangeiro e a atuação de Bruno Ganz é considerada uma das melhores já vistas no cinema.

“Dunkirk” é 2017 e mostra um episódio da Segunda Guerra Mundial, conhecido como operação “Dínamo”, ou a Evacuação de Dunquerque, quando soldados aliados da Bélgica, do Império Britânico e da França são rodeados pelo exército alemão e devem ser resgatados durante uma feroz batalha. A história acompanha três momentos distintos: uma hora de confronto no céu, na qual o piloto Farrier (Tom Hardy) precisa destruir um avião inimigo; um dia inteiro em alto mar, quando o civil britânico Dawson (Mark Rylance) leva seu barco de passeio para ajudar a resgatar o exército de seu País; e uma semana na praia, onde o jovem soldado Tommy (Fionn Whitehead) busca escapar a qualquer preço.

“12 Anos de Escravidão” é do ano de 2013 e mostra a história real, que se passa em 1841, quando Solomon Northup (Chiwetel Ejiofor) é um escravo liberto, que vive em paz ao lado da esposa e filhos. Após aceitar um trabalho que o leva a outra cidade, ele é sequestrado e acorrentado. Vendido como se fosse um escravo, Solomon precisa superar humilhações físicas e emocionais para sobreviver. Ao longo de 12 anos ele passa por dois senhores, Ford (Benedict Cumberbatch) e Edwin Epps (Michael Fassbender), que, cada um à sua maneira, exploram seus serviços. Esta trama ganhou o Oscar de Melhor Filme de 2014.

“Lawrence da Arábia” é de 1963 e também é baseado em um personagem real. Em 1935, quando pilotava sua motocicleta, T. E. Lawrence (Peter O’Toole) morre em um acidente e, em seu funeral, é lembrado de várias formas. Em flashback, a história desse tenente do Exército Inglês no Norte da África, durante a Primeira Guerra Mundial, aceita uma missão como observador na atual Arábia Saudita e acaba colaborando de forma decisiva para a união das tribos árabes contra os turcos. O filme ganhou sete Oscar, incluindo, o de Melhor Filme, em 1964.

“Gandhi” é de 1982 e também é sobre um personagem real. Na África do Sul, em 1893, após ser expulso da 1ª classe de um trem, o jovem e idealista advogado indiano Mohandas Karamchand Gandhi (Ben Kingsley) inicia um processo de auto avaliação da condição da Índia, que na época era uma colônia britânica, e seus súditos ao redor do planeta. Na Índia, por meio de manifestações enérgicas, mas não-violentas, Gandhi atraiu para si a atenção do mundo ao se colocar como líder espiritual de hindus e muçulmanos. O filme ganhou oito Oscar, incluindo, o de Melhor Filme, em 1983.

“Apocalipse Now” é de 1979. Durante a Guerra do Vietnã, o Capitão Willard (Martin Sheen) recebe a missão de encontrar e matar o comandante das Forças Especiais, coronel Kurtz (Marlon Brando), que, aparentemente enlouqueceu e se refugiou nas selvas do Camboja, onde comanda um exército de fanáticos. O filme foi indicado a oito Oscar e ganhou dois: Melhor Fotografia (para Vittorio Storaro) e Melhor Mixagem de Som.