Keyla Negrão, da Comus, exonera jornalista por ele trabalhar em veículo que critica a Prefeitura

Quatroze anos depois, Keyla Negrão, a atual coordenadora da Comus/Agência Belém, do governo do prefeito Edmilson Rodrigues (PSOL), continua sendo a mesma pessoa revanchista que era na época do governo Ana Júlia Carepa, em 2007, quando o PT assumiu o Governo do Estado e Keyla foi uma das ‘cabeças’ da recém-criada Secretaria de Comunicação do Pará (Secom), ao lado do professor da UFPA, Fábio Castro. 

Dessa época, os jornalistas da Secom que estavam por lá, lembram-se bem da pessoa difícil de lidar que era Keyla. Pois bem, quase 15 anos depois, a moça continua igualzinha, não sabendo resolver as crises que surgem em todos os governos e atacando a parte mais frágil: o jornalista que trabalha com ela. Por essa e outras, na época da Secom, ela não durou por lá mais que três meses e saiu coberta das piores impresssões. 

No final de janeiro, Keyla Negrão exonerou, sumariamente e pelo WhatsApp, um jornalista que foi contratado por ela mesma para atuar na Comus. A justificativa: o rapaz trabalha também para um dos raros portais de internet na capital paraense que ainda se levantam em fazer críticas à atuação da Prefeitura de Belém. Sim, sim, meus caros, ela sabia desde o início que o jornalista tinha um outro emprego e era na ‘concorrência’. 

Para a surpesa do colega jornalista, ela o demitiu pelo WhatsApp. Keyla teve o desplante de escrever a ele coisas como “Mas te adianto que infelizmente o mal estar continua em relação ao portal em que trabalhas. É o perfil dessa mídia mesmo. Não interessa só o público,  mas o privado também. Isso é bastante questionável”. Só relembrando que ela, pessoalmente, o tinha convidado para trabalhar na Comus, semanas antes. 

Keyla continuou “Esse portal passou a semana toda como uma revista de fofoca, querendo saber da admissão da esposa do prefeito no Detran. Imprensa marrom. Com tanta gente morrendo pra se preocupar. Não dá”.

Quer dizer, a moça mete os pés pelas mãos com uma crise, até de certa forma, pequena, mas a culpa da incompetência dela é do jornalista? E importante: a esposa do prefeito Edmilson Rodrigues, Josiane (Bianca) Belém da Costa Rodrigues, foi admitida com um altíssimo DAS para ser assessora do presidente do Detran, sim. Ninguém inventou nada, está tudo publicado no Diário Oficial do Estado do dia 26 de janeiro passado. A prática é conhecida como “nepotismo cruzado”. O mais absurdo dessa prática é que Josiane/Bianca foi exonerada e admitida novamente, mas desta vez, com o nome de solteira, sem o Rodrigues. Até eu, agora, quero ter uma explicação. 

E a coordenadora ainda tem a cara de pau de cobrar do jornalista porque ele trabalha também no portal. “Me admiro de ti e da tua militância, de se prestar a trabalhar pra essa imprensa marrom”. Oooiieeee!! De que planeta essa moça veio? O que sabemos é que ela não tem noção do que se passa em uma redação, visto que nunca colocou os pés em uma. Ela não sabe que a maioria dos jornalistas precisa ter dois, às vezes, até três empregos, para se manter com dignidade?

Ela não sabe que os jornalistas não têm a menor ingerência nas decisões políticas de seus patrões? Que os jornalistas não opinam no que os patrões fazem ou deixam de fazer? 

Essa moça, definitivamente, coloca a militância esquerdista acima de tudo. Não consegue escapar à militância que traz do curso de Jornalismo da UFPA, onde ela foi do Centro Acadêmico de Comunicação (Caco), passando pelo governo Ana Júlia. “O partido acima de tudo”. 

Quando foi divulgado que Keyla seria a coordenadora da Comus, muita gente veio me perguntar de quem se tratava, já que raras pessoas a conheciam. Eu fui muito sincera e falei a quem me perguntou: “Espero que ela tenha mudado”. E, infelizmente, pelo jeito, não! O maior problema dessa moça, além da militância, é somente uma coisa: ela não sabe ser gestora, ela NÃO é gestora!. Não sabe lidar com gente, pessoas. Nunca foi repórter. Nunca foi gerente. E, por isso, mesmo, não sabe lidar com crises. Seria bem interessante que ela voltasse à area da pesquisa, de onde nunca deveria ter saído. 

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